Em 27/09, Hillary Clinton e Donald
Trump realizaram o primeiro debate como candidatos oficiais de seus partidos. Levantamentos
indicam que Hillary venceu o confronto.
Ainda assim, as pesquisas mostram que
Trump continua com chances de vitória. E se esta situação causa pânico em muita
gente, há os que não consideram a eleição do republicano um desastre completo.
Afinal, dizem eles, a “democracia americana” é maior do que qualquer lunático.
Não é bem assim. Ninguém chamaria
Obama de louco ou truculento. No entanto, ele é o único presidente na história
de seu país a completar dois mandatos em guerra. Além disso, a radicalização do
racismo também é uma marca do primeiro negro na presidência americana.
São evidências de que as
características pessoais dos ocupantes da Casa Branca fazem pouca diferença sob
a mais eficiente ditadura de classe do mundo. O bipartidarismo que bloqueia qualquer desafio aos interesses do grande
capital também promove tragédias humanas nos Estados Unidos e no resto do
planeta.
Voltando ao debate presidencial, a
vitória de Hillary foi recebida com alívio por Wall Street e pelas principais bolsas
de valores do mundo. Estes setores temem as ameaças de Trump contra uma
globalização econômica extremamente vantajosa para o sistema imperialista mundial.
Ou seja, de um lado, temos uma
candidatura apoiada pela turma responsável pela maior crise econômica desde
1929. Do outro, a ditadura perfeita pode finalmente encontrar um chefe sob
medida.
O viciado sistema político americano
jamais permitiu que o socialismo se colocasse como horizonte possível. Desse
modo, foi abrindo caminho para que a “maior democracia do mundo” decida qual
versão da barbárie adotará.
Leia também: Socialismo e barbárie nos
Estados Unidos
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