Soldados combatendo em lados opostos, em plena guerra, resolvem fazer uma trégua para comemorar o Natal juntos. A situação aparece no filme “Feliz Natal”, de 2006, dirigido por Christian Carion. Em seu livro “Labirintos do Fascismo”, João Bernardo confirma esse e outros relatos parecidos.
No Natal de 1914, apenas cinco meses após o início da Primeira Guerra, tropas britânicas e alemãs estabeleceram uma trégua por conta própria para celebrar a data. Trocaram presentes, cantaram, jogaram futebol e caçaram “lebres onde antes se haviam caçado uns aos outros”.
Em 1915, o alto comando britânico estava decidido a não permitir a repetição do que se passara no ano anterior. Deu ordem para que na data natalina houvesse tiros de artilharia incessantes contra as trincheiras alemãs. Apesar disso, não conseguiu impedir as confraternizações.
No mesmo ano, na região de Reims, soldados franceses e alemães abandonaram em massa as trincheiras para festejar o Natal. Para obrigar as tropas a voltar para seus postos, os comandantes de ambos os lados ameaçaram mandar a artilharia disparar sobre os soldados misturados.
No início do inverno de 1916, perto do período natalino, ocorreram numerosos casos isolados de congraçamento, em setores da frente de batalha na Europa Ocidental. Mas situações semelhantes não eram desconhecidas no lado oriental da Europa. Em abril do mesmo ano, por exemplo, soldados de quatro regimentos russos estabeleceram uma trégua com tropas do Império Austro-Húngaro para festejar a Páscoa juntos.
Portanto, inimigos demonstrarem amor fraterno em plena guerra é até possível. Difícil é o mesmo acontecer em um país sob ataque dos fascistas como o Brasil.
De qualquer maneira, boas festas!
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O fascismo brasileiro não tem trégua.
ResponderExcluirSim, não tem. Por isso, não adianta querermos dar uma trégua na luta contra eles.
ExcluirNa época das vídeo locadoras peguei este filme. Vinha com um making of riquíssimo, falando das cartas dos soldados escoceses que possibilitaram que a história viesse a público, pois as cartas deste país não passavam por censura. É um dos momentos da História que põe a nu que a divisão principal do mundo não é em nações, mas sim em classes sociais.
ResponderExcluirExatamente, Marcelo. É o que dá força pra luta. Valeu!
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