Doses maiores

24 de agosto de 2012

A crise mundial e o escorpião nazista

Antonio Martins publicou no blog “Outras Palavras” artigo sobre uma “tempestade perfeita” em 2013. A expressão é do economista Nouriel Roubini, referindo-se a um aprofundamento da recessão mundial.

Roubini ficou famoso por prever o estouro da bolha imobiliária estadunidense. Ele acha que uma catástrofe só pode ser evitada através de decisões políticas. E estas envolvem romper com três fórmulas desastrosas.

A primeira é a insistência dos governantes europeus em impor medidas que eliminam direitos sociais e reduzem a atividade econômica. A segunda é o conservadorismo da política econômica nos Estados Unidos. A última é a extrema dependência da economia chinesa em relação ao mercado externo.

Se nada disso mudar, Roubini espera o pior para 2013. E também alerta para o risco de uma guerra entre Israel e Irã que faria disparar os preços do petróleo, aumentando o caos econômico. O problema é que não há como confiar na sensatez política dos que mandam no mundo.

É como a fábula do escorpião que pede carona a um sapo para atravessar um rio. O sapo responde ao escorpião que teme ser picado durante a travessia. Mas o escorpião garante que não faria isso, pois morreria afogado. Mas durante o trajeto aferroa o pobre sapo. Este, agonizante, quer saber o motivo de um ato tão estúpido. O escorpião responde: “Não posso evitar. É da minha natureza”.

O mesmo vale para o capitalismo. A última crise parecida com a atual aconteceu em 1929. Os capitalistas e seus governos preferiram confiar no ferrão nazista a perder privilégios. Afogaram a humanidade no banho de sangue da Segunda Guerra Mundial.

Um comentário:

  1. Me parece que não são bem escolhas... É selvagem mesmo, é da sua natureza.

    ResponderExcluir