Entre seus
maiores talentos estavam a esgrima e a música. No manejo da espada, chegou a
ser citado como exemplo em manuais do esporte. Na arte musical, ganhou fama
como violinista virtuose. Aos 27 anos, já dirigia a Concert des Amateurs,
importante orquestra de Paris.
Alcançou sucesso
e prestígio rapidamente, inclusive como conquistador de corações. Mas, aos 45 anos,
abandonou a vida luxuosa. Juntou-se à Revolução Francesa, no comando de um
batalhão de negros e mestiços. Apesar de sua bravura, acabou injustamente
condenado pelos tribunais jacobinos. Escapou da guilhotina por pouco. Chegou a
participar da revolução haitiana, mas se decepcionou com as tentativas de
restaurar a ordem escravista.
A obra musical
de Bologne inclui sinfonias, concertos e comédias musicais. Foi ele que
encomendou as “sinfonias parisienses” de Haydn. Alguns especialistas sentem a influência
de seu estilo na obra de Mozart. Morreu distante da fama, mas sua morte foi
lamentada pelos grandes jornais da época.
A partir do
século 19, Joseph Bologne foi sendo esquecido pela história da música. Sua
origem mestiça certamente colaborou para essa injustiça. Somente nos
anos 1970, suas obras começaram a ser lembradas.
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