Ao se deparar
com um protesto de servidores em Minas Gerais, Dilma respondeu:
O
que o meu governo vai fazer é assegurar empregos para aquela parte da população
que é a mais frágil, que não tem direito à estabilidade...
Lembra uma
frase que Lula disse pouco depois de ser eleito. Em 26 de novembro de 2002, em uma
reunião com cerca de 500 sindicalistas, ele declarou:
Nessa
sala aqui (...) não tem representação dos excluídos, sabe? Dos milhões e
milhões que não tem acesso a nada, (...) porque nós somos a parte organizada da
sociedade. Só que é essa parte organizada que precisa começar a ter
responsabilidade de ajudar a organizar a outra. É muito mais revolucionário do
que pedir 5% de aumento...
O recado era claro e nada revolucionário.
A prioridade do governo seria atender aos miseráveis. Os que têm pouco teriam
que se sacrificar para ajudar os que não têm quase nada. Enquanto isso, aqueles
que já têm demais foram deixados em paz.
E entre os setores
mais sacrificados está o funcionalismo público, cujas perdas salariais foram se
acumulando. O resultado é a atual onda de greves num momento em que a crise
econômica é ameaça real porque a essência do modelo continua neoliberal.
A resposta dos
trabalhadores, públicos ou não, só pode ser uma: que os patrões, públicos ou
não, paguem pela crise.
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