O
julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal é desnecessário. Entre a
insinuação mal disfarçada e a condenação explícita, a massa de reportagens e
comentários lançados agora, sobre o mensalão, contém uma evidência condenatória
que equivale à dispensa dos magistrados e das leis a que devem servir os seus
saberes.
O caso se
arrasta há sete anos. Quando estourou o escândalo, a oposição de direita queria
propor o impeachment de Lula. Não conseguiu, claro. Que moral teria um
julgamento feito por um Congresso que tinha Collor, Sarney, Maluf, ACM, Demóstenes e
outros de igual e ordinária qualidade? Seria o mesmo que transformar Ali Babá em
juiz de seus ladrões.
Tudo indica que
o “mensalão” jamais existiu Na verdade, trata-se do famoso “caixa 2”, admitido até
por Lula. Sobras não oficializadas da campanha que o PT repassou aos partidos
aliados para pagarem suas dívidas eleitorais. A grande imprensa não quer
admitir essa hipótese porque caixa 2 é regra quase sem exceção entre os
partidos.
Os petistas reclamam
com razão dessa estratégia da grande mídia. Mas a exigência de julgamento para
todos mal esconde a intenção de que não haja punição para ninguém. São desculpas de malandro acossado por pilantras. É a
politiquinha a que o PT se rebaixou há um bom tempo. Duro é aguentar os
jornalões. Mais um servicinho rasteiro que nos presta o lulismo.
Leia também: Crise pode igualar PT e PSDB de vez
Nenhum comentário:
Postar um comentário