Refere-se à
chinesa Ye Shiwen, que destruiu os recordes olímpicos de 200 e 400 metros
medley. Foi o bastante para que comentaristas americanos falassem em doping.
Chen Zhanghao,
médico da equipe chinesa, rebate: “Phelps quebrou sete recordes mundiais… ele é
normal?” Segundo Zhanghao, foram feitos mais de 100 testes antidoping em sua
atleta. Todos negativos.
Mas as
suspeitas, agora, recaem sobre a genética. Fernandes cita o italiano Mauro
Giacca, respeitado especialista nesse assunto. Segundo Giacca:
Camundongos
tratados com a terapia genética foram submetidos a esforços sem sentir cansaço.
Houve aumento da massa muscular, hiperatividade e não restou nenhum traço no
sangue nem na urina.
Fernandes
conclui: “Essa briga, genética natural x doping, não tem hora para acabar”.
Talvez, tenha sim. Vejamos o que diz o artigo “Uma prova constante”, de Simon
Kuper, publicado pelo Valor em 28/07:
A
partir do momento em que o esporte se torna importante e lucrativo, os atletas
começam a usar drogas que trazem risco de morte para poder correr milésimos de
segundo mais rápido. Pode-se dizer com exatidão o dia em que o público deixou
de acreditar que o atletismo era puro: 27 de setembro de 1988, quando Ben
Johnson, recém-coroado campeão olímpico e recordista mundial nos 100 metros
rasos, viu seu teste de doping dar positivo em Seul.
Ou seja, se deixar de funcionar como um negócio bilionário, o esporte poderá impor derrotas aos métodos
antiesportivos.
Leia também: Olimpíadas
e machismo
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