Em janeiro de 2014, os 33 países da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos iniciaram chamado “Plano de Cooperação China-América Latina e Caribe (2015-2019)”.
Muitos comemoram. Seria o surgimento de uma alternativa poderosa ao imperialismo ianque. Será?
Em 11/01, Marcelo Ninio publicou na Folha a reportagem “Chineses criam mundo espelhado que começa a mudar a ordem mundial”. Cita a conclusão do Instituto de Estudos Chineses Mercator (Merics), sediado em Berlim:
Os mecanismos financeiros promovidos por Pequim duplicam
em parte o sistema de Bretton-Woods e outras estruturas existentes (...): para
o Banco Mundial, o Banco dos Brics; para o FMI, o fundo de reservas do Brics e
a Iniciativa Chiang Mai, uma rede asiática multilateral de financiamento; para
o Visa e Mastercard, o UnionPay, entre outros muitos exemplos.
Ou seja, não bastasse a versão original dessas instituições criadoras de crises econômicas e tragédias sociais, os chineses estão fazendo duplicatas delas. Estão pirateando o caos e vendendo muito caro para países pobres ou dependentes.
Isso lembra as histórias em quadrinhos do “Mundo Bizarro”. Trata-se de um mundo simetricamente oposto ao planeta Terra. Nele vive um Super-Homem que só sabe fazer o mal, por exemplo.
Mas a comparação não faz muito sentido. Não há lado bom nessa história. O livre mercado dominado pelos ianques e o capitalismo estatal chinês são espelhos da mesma bizarrice.
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