Mais de 10% dos assassinatos registrados
anualmente no planeta ocorrem no Brasil. Em 2014, foram 59.627 homicídios,
tornando o País o mais letal do mundo em números absolutos.
Entre 2004 e 2007, cerca de 50 mil
homicídios foram registrados. De 2008 a 2011, foram por volta de 53 mil
assassinatos.
Desde 2014, aumentou em 18,2% a
chance de um negro ser assassinado, enquanto houve uma redução de 14,6% na taxa
de homicídios para o restante da população.
Das mortes de homens na faixa etária
de 15 a 29 anos, 46,4% são causadas por homicídios. Entre homens com idade
entre 15 e 19 anos, os assassinatos passam para 53%.
Dos atuais 53 mil homicídios anuais no Brasil, 30 mil
envolveram jovens de 15 a 29 anos. Destes, 77% eram garotos negros.
Em 2014, um total de 4.757 vítimas de
mortes por agressão eram mulheres. São 13 mulheres mortas por dia no País.
As polícias brasileiras matam anualmente o
equivalente ao número de vítimas do 11 de Setembro.
Desde 2014, homicídios por arma de
fogo no Brasil respondem por 44.861 mortes. Taxa bem superior à média dos
países europeus.
Estes números são da mais recente edição
do Anuário Brasileiro de Segurança Pública e do Atlas da Violência 2016, do Instituto
de Pesquisa Econômica Aplicada em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança
Pública.
Esta realidade não está na pauta de
jornais, governos e parlamentos. Nem mesmo em locais de trabalho, sindicatos, associações,
mesas de bar.
Mais que as próprias mortes, é essa
apatia que determina quem são os grandes vitoriosos no massacre de classe que ocorre
entre nós.
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