Como se sabe, a rainha é a peça mais poderosa do xadrez.
Costuma ser o recurso mais eficiente na proteção ao rei, a peça mais valiosa do
jogo.
Mas o rei é uma peça cujos movimentos são limitados.
Exatamente por sua importância, não pode ser exposto.
No tabuleiro atual da política nacional a paralisia de Dilma
a transforma num rei tão importante quanto desajeitado. Lula é a própria rainha.
Talvez, a mais recente e bombástica operação da Lava-Jato
tenha como objetivo anular os movimentos da rainha para expor ainda mais o rei.
A jogada pode ser perigosa. A rainha tem muitos recursos.
Mas há outras peças em movimento.
O cavalo estaria ameaçando dar alguns coices?
A sorte é que bispo e torre não se entendem.
Na verdade, a confusão é grande.
Difícil manter um tabuleiro quieto em meio a uma
tempestade formada por economia em depressão e altas taxas de desemprego.
De repente, tudo balança e peças caem.
Há vários momentos em que não se sabe nem mesmo quais são
as peças pretas e quais as brancas. Ou quem exatamente as está movimentando.
Ninguém tem clareza sobre como buscar o xeque-mate.
Difícil saber como e quais serão os próximos movimentos.
Um dos lances mais ousados do xadrez é o sacrifício da
rainha. Mas isto é para os melhores jogadores.
No nível em que se encontra a atual partida e seus
contendores, certo, mesmo, só o sacrifício dos peões.
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