Chimamanda Ngozi Adichie é uma jovem revelação da
literatura nigeriana. Publicou com sucesso “Meio sol amarelo”, “Hibisco roxo” e
“Americanah”. Romances que tratam de temas como a violência contra a mulher,
preconceito racial e imigração.
Outro livro seu é “Sejamos todos feministas”, um relato sobre
a importância do feminismo em sua vida. Conta, por exemplo, que ouviu a palavra
pela primeira vez ainda na adolescência.
Foi numa conversa acalorada com um amigo. De repente, ele
a chamou de feminista. Não como um elogio: “Percebi pelo tom da voz dele; era
como se dissesse: Você apoia o terrorismo!”. E segue a narrativa:
Naquele dia, quando cheguei em casa e
procurei a palavra no dicionário, foi este o significado que encontrei:
“Feminista: uma pessoa que acredita na igualdade social, política e econômica
entre os sexos”.
Minha bisavó, pelas histórias que
ouvi, era feminista. Ela fugiu da casa do sujeito com quem não queria se casar
e se casou com o homem que escolheu. Ela resistiu, protestou, falou alto quando
se viu privada de espaço e acesso por ser do sexo feminino. Ela não conhecia a
palavra “feminista”. Mas nem por isso ela não era uma. Mais mulheres deveriam
reivindicar essa palavra. O melhor exemplo de feminista que conheço é o meu
irmão Kene, que também é um jovem legal, bonito e muito másculo. A meu ver,
feminista é o homem ou a mulher que diz: “Sim, existe um problema de gênero
ainda hoje e temos que resolvê-lo, temos que melhorar”. Todos nós, mulheres e
homens, temos que melhorar.
Sejamos todas e todos, um pouco como Chimamanda!
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