Diferente das classes dominantes anteriores, a burguesia não controla
diretamente as forças repressivas e o aparelho judicial. O Estado faz isso por
ela e, assim, aparenta ser uma instituição neutra.
Outros aparelhos de dominação que também atuam tendo por base uma suposta imparcialidade são aqueles que constituem a grande imprensa.
A operação Lava-Jato é resultado da eficiente articulação entre polícia, judiciário e monopólios de comunicação. Todos voltados para varrer o PT do governo e as esquerdas do cenário político nacional.
De forma inédita, Sérgio Moro mandou prender alguns dos homens mais ricos e poderosos do mundo. Sacrificou uma pequena parte da classe dominante para preservar os interesses de seu conjunto.
Forneceu o álibi perfeito para que a imprensa lhe desse cobertura ampla e favorável, omitindo vários abusos legais cometidos pelo caminho.
Estava montado o cenário para a operação finalmente atingir seu grande alvo. O anúncio da volta de Lula ao governo acionou o mecanismo.
Horas antes de virar ministro, Lula foi vítima de uma ilegalidade escandalosa. Provavelmente, a primeira de muitas outras que virão.
Lula não aceitou ser ministro para fugir da prisão. Tornar-se alvo do mesmo Supremo Tribunal que condenou inúmeros petistas poderosos não seria muito inteligente.
Na condição de ministro, Lula pretende salvar o governo do impeachment e o PT do desastre eleitoral. Na verdade, enfiou-se dentro da armadilha criada pela Lava-Jato e voltou a vestir a casaca do poder, tão elegante quanto paralisante.
Quando liderava greves, Lula costumava ficar à frente dos trabalhadores diante das forças repressivas. Agora, está entre estas e a classe dirigente. São muito maiores as chances de acabar esmagado.
Leia também:
O fracasso da “Lava-Jato” italiana
Algumas pílulas sobre como chegamos à atual crise
Outros aparelhos de dominação que também atuam tendo por base uma suposta imparcialidade são aqueles que constituem a grande imprensa.
A operação Lava-Jato é resultado da eficiente articulação entre polícia, judiciário e monopólios de comunicação. Todos voltados para varrer o PT do governo e as esquerdas do cenário político nacional.
De forma inédita, Sérgio Moro mandou prender alguns dos homens mais ricos e poderosos do mundo. Sacrificou uma pequena parte da classe dominante para preservar os interesses de seu conjunto.
Forneceu o álibi perfeito para que a imprensa lhe desse cobertura ampla e favorável, omitindo vários abusos legais cometidos pelo caminho.
Estava montado o cenário para a operação finalmente atingir seu grande alvo. O anúncio da volta de Lula ao governo acionou o mecanismo.
Horas antes de virar ministro, Lula foi vítima de uma ilegalidade escandalosa. Provavelmente, a primeira de muitas outras que virão.
Lula não aceitou ser ministro para fugir da prisão. Tornar-se alvo do mesmo Supremo Tribunal que condenou inúmeros petistas poderosos não seria muito inteligente.
Na condição de ministro, Lula pretende salvar o governo do impeachment e o PT do desastre eleitoral. Na verdade, enfiou-se dentro da armadilha criada pela Lava-Jato e voltou a vestir a casaca do poder, tão elegante quanto paralisante.
Quando liderava greves, Lula costumava ficar à frente dos trabalhadores diante das forças repressivas. Agora, está entre estas e a classe dirigente. São muito maiores as chances de acabar esmagado.
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Algumas pílulas sobre como chegamos à atual crise
Muito bom. Sergio, acho que caberia uma super pílula, ou seja, uma especial que pudesse se alongar na análise da situação atual e indicar caminhos. Abraço.
ResponderExcluirPosso tentar fazer um coquetel de bolinhas sobre o tema.
ResponderExcluirValeu, Marião!