Doses maiores

14 de março de 2016

Algumas pílulas sobre como chegamos à atual crise

Na grande tragédia que se abate sobre o PT e seu governo, alguns comentários publicados desde a reeleição de Dilma.


Pela quarta vez, os petistas voltam a se eleger como representantes das forças de esquerda para governarem atendendo aos interesses da direita. Sem novidades, portanto. Muito mais grave foi o firme reforço do governo federal à repressão às manifestações de junho de 2013.



Não há nada de muito decepcionante nas escolhas econômicas do governo Dilma. O fato é que do 1º ao 12º ano de mandatos petistas no governo federal, o PT jamais rompeu com os fundamentos da economia neoliberal.


Sobre traições amorosas e projetos políticos

As medidas neoliberais propostas pelo governo petista começam a ser aprovadas. O clima na esquerda não poderia ser pior. Mas, a rigor, é errado dizer que Dilma Roussef traiu a militância que apoiou sua reeleição.


Sobre a crise do lulismo - 1

A proposta política que passou a governar o país em 2003 não quis acabar com o neoliberalismo, apenas suavizá-lo. Com seu fracasso, é hora de voltar ao neoliberalismo puro-sangue.


Sobre a crise do lulismo - 2

A resposta neoliberal à crise de seu reformismo é sua versão autêntica. Mas como seus representantes legítimos perderam as últimas eleições, sobrou para o lulismo a tarefa de preparar a resposta puro-sangue.



Como todo reformismo, o débil reformismo petista também fracassou. Mas como diria Rosa Luxemburgo, a ação revolucionária também precisa das lutas por reformas.

Março de 2016

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