Problemas
sérios rondam a economia mundial. Mas não se trata apenas da possível guerra comercial
entre China e Estados Unidos. O maior alerta surgiu no interior da economia americana.
Houve
no mercado de juros estadunidense um estranho fenômeno envolvendo títulos do tesouro
daquele país. Papéis com resgate em 10 anos passaram a pagar menos juros que aqueles
com vencimento em 2 anos.
O
susto deve-se ao fato de que esse tipo de “inversão de rendimentos” antecedeu
todas as recessões mundiais do período pós-guerra. Todas.
Além
disso, nunca se praticaram tantas taxas de juros negativas nas
economias centrais. Ou seja, nesses lugares os capitalistas vêm pagando para manter
seus recursos nos bancos.
Eles
preferem perder parte de seu dinheiro investindo em papéis considerados
confiáveis a perder todo ele apostando em títulos que pagam juros elevados, mas
que podem transformar suas fortunas em pó, da noite para o dia.
São
movimentações típicas de quem sente cheiro de quebradeira no ar. E o fedor vem
de onde? Do desperdício promovido pelo grande capital com os enormes recursos financeiros
que os bancos centrais colocaram a sua disposição desde a crise de 2008.
A
maior parte dessa montanha de dinheiro transformou-se em uma dívida que chega hoje
a US$ 325 trilhões. Ou mais de três vezes o valor da produção econômica mundial.
Enquanto isso, pouco foi feito para criar empregos e renda suficientes para
reaquecer a economia global.
A
disputa entre chineses e americanos é muito perigosa. Mas é só parte de um
cenário cada vez mais parecido com um apocalipse econômico.
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