E isso acontece, diz o
autor:
Porque
o capitalismo entra em crise. Porque força milhões ao desemprego e à pobreza, criando
condições favoráveis ao crescimento do ressentimento. Além disso, o próprio
capitalismo baseia-se em uma série de ideias que incluem racismo e elitismo. Desse
modo, preenche constantemente o reservatório de valores reacionários sobre os quais
o fascismo se baseia para crescer. A luta antifascista é necessária, mas é por
natureza uma luta difícil e repetitiva. Parafraseando Rosa Luxemburgo, o antifascismo
seria como o trabalho de Sísifo: enquanto um grupo fascista parece entrar em
declínio, outro nasce e é preciso detê-lo.
Ou seja, ressalta
Renton, “os antifascistas precisam reconhecer que enquanto o capitalismo
sobreviver, o fascismo se repetirá. A única maneira de acabar com os ratos é
destruir o esgoto em que vivem”.
E conclui, afirmando que
só é possível parar o fascismo “lutando por uma sociedade onde o potencial de
toda a humanidade seja totalmente realizado e todas as formas de opressão sejam
varridas”.
Enfim, não há como
realmente derrotar o fascismo sem combater o capitalismo em todas as suas dimensões.
Seja na luta contra a exploração econômica, seja na resistência às opressões sociais,
o importante é deixar claro que o sistema como um todo precisa ser combatido para
que o fascismo como fenômeno social desapareça.
Não há como ser radicalmente
antifascista sem ser radicalmente anticapitalista.
Leia também: Como
combater o fascismo nas ruas
Perfeito.
ResponderExcluirValeu!
Excluir