No livro “Fascism:
Theory and Practice”, de Dave Renton, ficamos sabendo que o fascismo é um
movimento de massa que se organiza em torno das queixas de pessoas comuns. Principalmente,
da classe média. Mas como sua ideologia defende interesses diferentes dos delas,
é sempre possível detê-lo.
Sua principal
fragilidade é a incapacidade de ser consequente na luta contra o capital. Desse
modo, o fascismo tem sérias dificuldades para manter-se organizado entre trabalhadores
ou assalariados das camadas intermediárias que estão genuinamente revoltados com
o mundo em que vivem. Por isso, é fundamental que os antifascistas sejam também
anticapitalistas.
Além disso, diz o
autor:
Às
vezes, os fascistas tentam defender suas ideias dentro de organizações
democráticas, como sindicatos e entidades estudantis. Nesses momentos, os
antifascistas devem insistir para que não tenham direito à palavra. Como os
fascistas se opõem à liberdade de expressão de negros, judeus, feministas,
socialistas, sindicalistas, lésbicas e gays, e como, quando falam, incentivam a
violência racial e representam uma ameaça para todos, a estratégia mais eficaz
é insistir para que eles não sejam ouvidos.
O fato, diz Renton, é que:
...os
partidos fascistas devem ser tratados diferentemente de outras formas de
organização política. O fascismo é truculento e antidemocrático. Defende uma
ideologia que oferece soluções enganosamente simples e brutais para problemas
reais. Por esses motivos, deve ser vetado. O fascismo não é apenas mais uma
ideologia política, é um inimigo da vida democrática.
Mas outra característica
importante do fascistas é a forma extremamente violenta com que ocupam as ruas.
Diante disso, como devem responder as forças antifascistas?
É o que veremos na
próxima pílula.
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