Doses maiores

3 de fevereiro de 2020

Como combater o fascismo no campo das ideias

No livro “Fascism: Theory and Practice”, de Dave Renton, ficamos sabendo que o fascismo é um movimento de massa que se organiza em torno das queixas de pessoas comuns. Principalmente, da classe média. Mas como sua ideologia defende interesses diferentes dos delas, é sempre possível detê-lo.

Sua principal fragilidade é a incapacidade de ser consequente na luta contra o capital. Desse modo, o fascismo tem sérias dificuldades para manter-se organizado entre trabalhadores ou assalariados das camadas intermediárias que estão genuinamente revoltados com o mundo em que vivem. Por isso, é fundamental que os antifascistas sejam também anticapitalistas.

Além disso, diz o autor:

Às vezes, os fascistas tentam defender suas ideias dentro de organizações democráticas, como sindicatos e entidades estudantis. Nesses momentos, os antifascistas devem insistir para que não tenham direito à palavra. Como os fascistas se opõem à liberdade de expressão de negros, judeus, feministas, socialistas, sindicalistas, lésbicas e gays, e como, quando falam, incentivam a violência racial e representam uma ameaça para todos, a estratégia mais eficaz é insistir para que eles não sejam ouvidos.

O fato, diz Renton, é que:

...os partidos fascistas devem ser tratados diferentemente de outras formas de organização política. O fascismo é truculento e antidemocrático. Defende uma ideologia que oferece soluções enganosamente simples e brutais para problemas reais. Por esses motivos, deve ser vetado. O fascismo não é apenas mais uma ideologia política, é um inimigo da vida democrática.

Mas outra característica importante do fascistas é a forma extremamente violenta com que ocupam as ruas. Diante disso, como devem responder as forças antifascistas?

É o que veremos na próxima pílula.

Leia também:  O fascismo e as classes intermediárias

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