Raquel Varela é uma
historiadora portuguesa muito combativa. Em seu blog, publicou uma nota importante
sobre uma proposta em discussão em Portugal:
...declarar-se
o Estado de emergência é um grave erro, vamos arrepender-nos se o permitirmos.
Nós já suspendemos, contra o Governo, a circulação e o contacto, as ruas estão
vazias, deprimentemente vazias. As lojas e restaurantes fecham porque não há
clientes. Nem nas praias nos aglomerámos (...), nem nos jardins, nem nos
passeios, todos estão afastados de todos. Tristes mas seriamente afastados. O
que precisamos é que fechem os grandes lugares de trabalho não essenciais, e
deixem os outros essenciais a laborar protegidos. Não precisamos nem devemos
aceitar qualquer suspensão constitucional de direitos, porque a seguir a isto
vem uma crise económica, que já estava engendrada, vêm os cortes de salários,
mas com proibição de reuniões sindicais, direito de associação, que é isso que
significa o Estado de emergência.
E concluiu, alertando:
Todos
os sindicatos devem opor-se a isto frontalmente. A Ordem os Advogados, o
Ministério Público. Todos os que sabem o que está em jogo, para além do medo. O
Estado de emergência é contra as greves, não é contra o COVID.
Ela fala de um país sob
um governo de centro-esquerda, reeleito recentemente após rejeitar a austeridade
neoliberal como saída para a crise econômica. Este nem de longe é o nosso caso.
Além disso, por aqui, nem é preciso decretar um “estado de emergência” para que
direitos constitucionais sejam ignorados.
O governo Bolsonaro acaba
de publicar portaria autorizando uso de força policial para forçar quarentenas
e isolamentos. Algo muito ruim está sendo incubado.
Leia também: Coronavírus-19:
os maiores transmissores
Perfeito
ResponderExcluirMuito triste tudo isso...Cada dia rstou mais depressiva, sem expectativas, sem esperanças.O desânimo bateu, e com ele fica só a espera do descanso eterno.
ResponderExcluirO Brasil acabou. Triste...muito triste.
Minha cara, esperança sempre existe. E ela está ao lado dos de baixo. Sigamos na luta. Abraço
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