José Martins e a Equipe
13 de Maio mantêm o boletim “Crítica da Economia” há 30 anos. O tom é meio apocalíptico
quando aborda os problemas e contradições da atual fase do capitalismo. E as
manifestações de alegria pela iminência de colapsos econômicos um pouco
despropositadas. Motivadas, segundo suas próprias palavras, por “boas notícias
sobre a necrologia do capital”.
Mas é uma fonte
importante de informações e dados para os marxistas combativos. E mantém uma
análise atenta da situação mundial. É o caso do trecho abaixo, retirado da última edição do boletim:
...dois
gatilhos deveriam ser acionados para a abertura do novo período de crise
global. O primeiro seria uma radical interrupção da produção industrial da
China, o “chão de fábrica do mundo”. Como já é de amplo conhecimento público,
este gatilho acaba de ser acionado.
A
novidade é que o gatilho chinês veio embalado pela espetacular mistificação do
novo coronavírus. Já houve outros coronavírus, mas não tão propagandeados como
o atual.
O
problema é que todas as análises econômicas da atual explosão econômica global
aparecem poluídas por uma asneira da sociedade do espetáculo.
Como
providencial álibi para os capitalistas de todo o mundo, as turbulências atuais
do mercado que eles mesmos criaram aparecem apenas como resíduo deste obscuro
vírus de mais uma cepa corriqueira de tantas outras gripes.
Mais
além desta asneira, o segundo e definitivo gatilho para a abertura oficial da
crise global será a derrocada dos preços das ações na maior bolsa de valores do
mundo.
Realmente, o
coronavírus é o novo subprime. Causa superficial da mais grave das epidemias: o
capitalismo.
Leia também:
Quando a disputa China x Estados Unidos pode ser mero detalhe
Ótimo. Adorei a chamada para o texto.
ResponderExcluirValeu!!
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