O TikTok caminha rapidamente para ter o maior número de usuários do mundo, ultrapassando Facebook, Instagram, Youtube, etc.
É por isso que as redes virtuais concorrentes estão tentando imitar o aplicativo chinês. Vêm priorizando cada vez mais vídeos curtos no lugar de fotos e textos.
O problema é que isso torna as redes ainda menos interativas. As informações ficam mais soltas e sem contextualização. Além disso, vídeos são mais difíceis de fiscalizar quanto a conteúdos falsos e caluniosos. Uma beleza para a extrema-direita, com seu apego à difusão de fake news.
Um exemplo é a hashtag #StopTheSteal, compartilhada no TikTok por trumpistas, alegando que a eleição de Biden foi fraudada. Bloqueada pelos moderadores ela voltou com a grafia modificado para #StopTheSteallll e já tinha quase um milhão de visualizações até ser novamente desativada.
Semana passada, houve eleição presidencial no Quênia. Um dos candidatos apareceu num vídeo falso do TikTok segurando uma faca e vestindo uma camisa ensanguentada. A legenda o descrevia como um assassino. O vídeo recebeu mais de 500 mil visualizações antes de ser removido.
Enquanto isso, em terras brasileiras, a presença de Bolsonaro nas redes continua muitas vezes maior que a de Lula, líder nas pesquisas eleitorais. A participação de Anitta e Janones na campanha petista melhorou a situação, mas a reação veio com atraso.
A situação não seria tão preocupante se o engajamento virtual superior do bolsonarismo estivesse sendo compensado pela presença militante nas ruas, bairros e locais de trabalho em favor da candidatura petista. Por enquanto, isso não vem acontecendo. Os comícios são fundamentais, mas insuficientes. É urgente enfrentar esse desafio.
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Tempos modernos, lutas tecnológicas, simplificação das disputas, manipulações etc. Sem saudosismos, mas a disputa nas ruas e nos debates em bares, trens e metrôs, propiciavam outro tipo de embate. Sim, entendo que deva ser por aí como propõe, mas tem a preocupação com o tique que não toca (oh trocadilho horroroso) como vc coloca. Enfim, perseverar.
ResponderExcluirPerseverar!
ExcluirSergio,
ResponderExcluirO livro do Graeber foi publicado em português pela cia das Letras. Domingo na Folha saiu entrevista com o outro autor.
Sim, eu vi. Mas, valeu. Abraço
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