Durante a Segunda Guerra, nos Estados Unidos, uma escola pública propôs o seguinte tema para um concurso de redação: “Como você puniria Hitler por seus crimes?”. Uma garotinha negra respondeu assim: “Eu o colocaria em uma pele negra e o forçaria a passar o resto de sua vida nos Estados Unidos”.
O relato acima está no livro “Libertação Negra e Socialismo”, de Ahmed Shawki. Em novembro de 1955, o jornal “O Socialista Americano” lembrou essa história logo após a morte Emmett Till, um garoto negro de 14 anos, brutalmente assassinado por dois homens brancos, no Mississipi. Segundo a publicação:
O fato de que, na América, homens adultos e fortes raptem uma criança do ensino fundamental, espanquem-na, arranquem todos os seus dentes, afundem seu rosto, coloquem uma bala em sua cabeça e joguem seu corpo em um rio deveria revoltar até a mais insensível das pessoas.
Mas os responsáveis por esse massacre covarde foram absolvidos por um júri totalmente branco e masculino em 67 minutos.
Cinquenta mil pessoas compareceram ao funeral de Till, em Chicago, onde ele nascera. Era um prenúncio da força que o movimento dos direitos civis teria na década seguinte. Mas muitos de seus primeiros líderes acreditavam que sua luta era contra uma praga moral. Um deles era o jovem Martin Luther King. Na época, ele chegou a declarar que a luta por mais direitos para os negros era fundamental para “nossa nação na luta contra o comunismo".
No futuro, a fúria genocida dos supremacistas brancos faria King abandonar essa postura completamente equivocada quanto ao racismo estadunidense. É o que veremos em breve.
Leia também: Os negros estadunidenses contra o racismo e a exploração
Estarrecedor
ResponderExcluir"Os assassinos de Emmett - Poor Mamma Till! Entraram sem dizer nada - Poor Mamma Till! Com seu hálito de couro - Poor Mamma Till! E seus olhos de punhal"... Vinícius, Blues para Emmett Louis Till...
ResponderExcluirNossa, não conhecia lá. Obrigado
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