Sempre
que uma organização política recusa definições mais claras sobre seus
objetivos, dificilmente escapa de tornar-se instrumento dos poderosos. Mas Marina
já está nesse caminho faz tempo. Seu vice na campanha presidencial em 2010 foi
o empresário Guilherme Leal, dono da Natura e de uma fortuna de 1,6 bilhão de
dólares. Em janeiro de 2013, houve um grande encontro para discutir o novo
partido. Na mesa do evento, estava Maria Alice Setúbal, herdeira do banco Itaú.
Não
é só isso. Marina é conservadora. E não estamos falando da conservação de flora
e fauna. Em entrevista para o UOL Eleições, em junho de 2010, a então
presidenciável se disse contrária ao casamento gay. Além disso, propôs dois
plebiscitos: um para discutir a legalização da maconha e outro sobre o aborto.
Como se tais direitos não estivessem sob constante bombardeio das instituições
conservadoras e da mídia empresarial.
Diante
disso, o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) demonstrou todo seu
descontentamento: “submeter direitos de minorias a ‘plebiscitos’ e ‘referendos’
não é nova política: é o velho conservadorismo!”. Em seguida, citou o
jornalista argentino e ativista do movimento LGBT Bruno Bimbi: “Vamos fazer
plebiscito sobre os direitos dos negros? E sobre os direitos dos judeus? Marina
atrasa um século!”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário