Trata-se
de uma análise do discurso de posse de Barack Obama que desmente seu suposto
perfil progressista. Um trecho, em especial, é exemplar:
“Uma
década de guerra está terminando” – discursou Obama. A verdade é que os ataques
militares e movimentos de intervenção prosseguem no Afeganistão, no Paquistão,
no Iêmen, na Somália e em outros países. Todas as terças-feiras há uma reunião
na Casa Branca, durante a qual o presidente autoriza novos assassinatos de
alvos predefinidos, assassinatos premeditados e planejados de indivíduos
selecionados e de quem mais tenha a infelicidade de andar por perto dos alvos
atacados pelos aviões-robôs armados, os drones, em muitos países, nenhum dos
quais está em guerra com os EUA.
Além
disso, reforça o autor, “o Pentágono continua a manter mais de 900 bases
militares distribuídas por todos os continentes. O orçamento militar dos EUA é
maior que todos os orçamentos militares de todos os demais países do mundo,
somados!”
E
conclui de forma muito precisa:
...independente
de quem seja eleito, o emprego de presidente dos EUA impõe exigências bem
claras aos que se candidatem: terá de ser presidente executivo do império e do
imperialismo e protetor das megacorporações norte-americanas.
Ressalvadas
as enormes diferenças, essa regra pode valer para todos os ocupantes de governos no
mundo. Possíveis e raras exceções de esquerda costumam ter vida curta no poder.
Quando isso não ocorre, é porque já não são exceção ou nunca chegaram a sê-lo.
Leia
também: Que
Obama nos poupe da igualdade americana
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