Grillo quer acabar com os atuais partidos e mandar os políticos
tradicionais para casa. Conhecemos bem as propostas desse tipo. Costumam vir justamente daqueles que querem vencer a qualquer custo o
jogo eleitoral que tanto condenam. E não acabam bem. Lembremos Jânio Quadros
e Collor.
Outro
bem votado foi Silvio Berlusconi, mais um comediante, mas de mãos sujas e
bolsos cheios. Também surfou na onda antieuropeia, apesar de ter sido
presidente da União Europeia. Ou seja, o voto anda cada vez mais desligado de suas consequências reais.
Mas
na realidade virtual, a Itália também apresenta novidades. Trata-se do videogame
“Riot” (motim ou revolta, em inglês), criado pelo cineasta Leonard Mechiari. O
jogo simula ambientes de protestos populares inspirados nas recentes manifestações
na Grécia, Egito, Rússia, Nova York e na própria Itália.
O
problema é que o jogador pode escolher entre ser policial ou manifestante. E os
criadores do game afirmam que se trata de um cenário “onde não há vitórias ou
derrotas”. Além disso, será desenvolvido
para a plataforma Apple. Ou seja, independentemente da originalidade da ideia,
o objetivo mesmo é mercadológico.
Contra
as farsas políticas de Grillo, Berlusconi e de outras lideranças tradicionais,
só as revoltas populares, mesmo. Desde que não se limitem a explosões incertas e desorganizadas.
Ou serão tão efetivas como aquelas operadas por joysticks.
Leia
também: O
Estado de Bem Estar da Fiat
Nenhum comentário:
Postar um comentário