O 1o de Maio é lembrado
como Dia da Luta dos Trabalhadores desde que quatro operários de Chicago, Estados
Unidos, foram executados. Seu crime, liderar greves e manifestações pela redução
da jornada de trabalho.
A luta pela diminuição e fixação
das horas trabalhadas sempre foi fundamental. Essas medidas proporcionam mais
tempo para os trabalhadores descansarem, se educarem e, principalmente, organizarem
suas lutas contra a exploração. Além disso, criam novos postos de trabalho.
Nas manifestações, sorteios e
shows deste 1º de Maio, o movimento sindical pediu a redução da jornada de
trabalho. Mas o governo que a maioria das grandes centrais sindicais apoia está
na contramão dessa luta.
O governo Dilma estaria preparando
uma Medida Provisória que permite aos empregados trabalharem até metade do
tempo, recebendo pouco mais que meio salário. Do jeito que está, a proposta não
tem nada a ver com redução da jornada. É apenas redução salarial e ampliação dos
lucros empresariais.
Enquanto isso, o projeto de
lei que diminui a carga horária dos trabalhadores sem redução salarial mofa no
Congresso Nacional há 19 anos.
Por outro lado, a pesquisa
ampliada do IBGE sobre emprego apresenta números preocupantes. Segundo os dados,
estariam desempregadas apenas 4% das pessoas em idade de trabalhar. Mas destas,
somente 57% estariam realmente empregadas. Há um grupo que não trabalha nem
procura emprego que chegaria a 39%.
Corrigir a tabela do Imposto
de Renda, reajustar o Bolsa Família e manter os reajustes do salário mínimo são
medidas positivas. Mas são marginais à necessária luta para diminuir a enorme
taxa de exploração de que desfruta o grande capital no Brasil.
Leia também: As tartarugas na luta pela redução
da jornada
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