As recentes eleições para o
Parlamento Europeu mostraram que a extrema-direita cresce na região.
Na Inglaterra, o Partido da
Independência do Reino Unido (UKIP) ficou em primeiro lugar. Vitória de uma
proposta que é contra a imigração e defende as ideias de Margareth Thatcher.
Na França, a Frente Nacional,
de extrema-direita, também se tornou a primeira força política. O mesmo
aconteceu com seu equivalente ideológico na Dinamarca, o Partido Popular.
O FPO, organização alemã de extrema-direita,
quase dobrou os votos que conquistou em 2009. Na Grécia, os líderes neonazistas
do Aurora Dourada estão presos. Mesmo assim, o partido chegou a 10% dos votos.
É particularmente preocupante
a distribuição de votos no caso francês. A direita ficou com 48% dos votos de
trabalhadores, 37% dos empregados, 38% dos desempregados e 30% dos menores de
35 anos. Votaram na esquerda 8% dos trabalhadores, 16% dos empregados e 15% dos
menores de 30 anos.
Uma forte razão para estes
resultados é a notória rendição da esquerda moderada às propostas dos
conservadores. Os chamados socialdemocratas aceitam ou adotam docilmente medidas
como cortes de salários e leis anti-imigração, por exemplo.
A grande mídia vem dizendo que
as eleições europeias foram marcadas pela vitória dos “radicais”. À direita e à
esquerda, “extremistas” teriam derrotado os moderados.
Mas o fato é que o parlamento
burguês é um lugar em que a direita se sente à vontade e se fortalece. Já as forças
de esquerda, quase sempre atolam nesse terreno.
Por isso, é preciso priorizar
a ação nas ruas e a construção de organizações democráticas a serviço da luta dos
explorados e oprimidos.
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