Doses maiores

8 de maio de 2014

O que esperar da calmaria na economia mundial

Em seu mais recente artigo, publicado na revista ZMag, Jack Rasmus prevê anos de pesadelo para a economia mundial. O texto é “Economia global: rumo à grande tempestade?”, disponível no portal “Outras Palavras”, desde 30/04.

Basicamente, Rasmus aponta três tendências econômicas globais que teriam se intensificado e vêm convergindo nos últimos meses: desaceleração econômica na China, colapso das moedas dos “mercados emergentes” e deflação nas economias da zona do euro. Destas tendências, a mais preocupante é a que envolve a China.

O motor da economia mundial girava 14% de crescimento do PIB até 2008. Desde então, o giro caiu pela metade. Pior que isso, desde 2012, um sistema bancário paralelo surgiu. Fugindo à regulamentação estatal, estas instituições podem estar gestando uma espécie de subprime à chinesa. Para completar, as dívidas pública e privada chinesas subiram de 130% do PIB, em 2008, para os atuais 230%, com os bancos paralelos controlando 90% delas.

O fato é que a maior parte da enorme quantidade de dinheiro injetado na economia continuou no circuito especulativo. Nos Estados Unidos, por exemplo, U$ 22 trilhões saíram dos cofres públicos, entre 2009 e 2013. Desse total, 95% foram destinados aos investidores mais ricos e suas instituições:

Esses ganhos não fluíram para a economia dos EUA, mas sim para os mercados emergentes estrangeiros, para a especulação de títulos financeiros ou foram de algum modo guardados como saldo em caixa e em contas em paraísos fiscais no exterior.

A grande mídia continua a comemorar o fim da crise de 2008. Mas não se pode confiar em calmarias quando há sementes de tempestade pelo ar.

Leia a íntegra do artigo aqui.

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