Números podem ser recolhidos,
combinados e arranjados de várias formas. Mas, principalmente, podem ser sintomáticos.
Em 19/05, a
presidenta Dilma lançou o que foi anunciado como “o maior Plano Safra da
história do país”. Trata-se de um programa que financia o agronegócio. Foram R$
156 bilhões em investimentos.
Enquanto
isso, a verba governamental para a agricultura familiar é de apenas R$ 21
bilhões. E o Ministério do Desenvolvimento Agrário, responsável pela Reforma
Agrária, tem um orçamento de R$ 4,8 bilhões.
Em 20/05, os jornais divulgaram
que o TCU estima em R$ 203 bilhões as perdas do Tesouro Federal em isenções
fiscais para grandes empresas, como as automobilísticas.
A revista Forbes informa que
o patrimônio das 15 famílias mais ricas do Brasil é dez vezes maior que a renda
de 14 milhões de grupos familiares atendidos pelo programa Bolsa Família.
A página eletrônica do
Partido da Causa Operária lembra alguns dados do censo do IBGE de 2010:
...mais de 115 milhões de
brasileiros, quase 60% da população brasileira, vive com menos de um salário
mínimo de renda mensal per capita. Cerca de 50 milhões de pessoas vivem com até
meio-salário mínimo de renda mensal. Outras 16,2 milhões de pessoas vivem com
menos de R$ 70 por mês e quase cinco milhões de pessoas não têm renda alguma.
Por fim, a Copa do Mundo de Futebol custará o
triplo do que o governo federal planeja gastar nas obras de transposição do rio
São Francisco.
Ainda sobre a Copa e arredores: ingresso
para a Abertura, R$ 990. Ingresso para a Final: R$ 1.980. Salário Mínimo: R$
724.
Leia também: Futebol
para poucos e ricos. E para muitos e pobres
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