Ao contrário de “zika”, “piriproxifeno” é uma palavra difícil de
escrever e quase impossível de pronunciar. Seria por isso que grande imprensa e
autoridades a vêm ignorando, mesmo que possa estar relacionada ao recente surto
de microcefalia no País?
Provavelmente,
não.
Piriproxifeno é o nome de um larvicida usado
no Brasil desde 2014 para impedir o desenvolvimento da larva do “Edes Egípcio”
em água potável.
O problema é que a associação médica argentina “Physicians
in the Crop-Sprayed Towns” e a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) suspeitam seriamente
de que o “piri alguma coisa” tenha papel importante na cadeia de causalidade da
microcefalia.
Afinal, o zika foi descoberto há 70 anos e até meses atrás
jamais foi relacionado à má formação de fetos.
A própria imprensa vem sendo obrigada a revelar certas
informações inconvenientes.
O The New York Times, por exemplo, informou, em 03/02,
que o Ministério da Saúde brasileiro constatou que dos 404 casos de
microcefalia, somente 17 podem ser claramente relacionados ao vírus do zika.
Em 13/02, o virologista israelense Leslie Lobel disse à
Folha que “pode haver uma toxina no ambiente causando a microcefalia
concomitantemente com um surto do zika”.
Mas em meio a tantas dúvidas uma coisa é certa. O
piriproxifeno é fabricado pela Monsanto, uma das gigantes do agronegócio, grande
financiadora eleitoral e importante anunciante da mídia empresarial.
Além disso, transformar o mosquito em alvo exclusivo
ajuda muito nas vendas da indústria de pesticidas, mesmo que muitos deles sejam
comprovadamente cancerígenos.
Quer uma palavra fácil para ajudar a entender o que está
acontecendo? Lucro!
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