Em meio aos traumas causados pelo
impeachment, lembremos alguns elementos fundamentais de continuidade.
O governo Temer começa da mesma forma
que o governo Lula. Henrique Meirelles é o homem forte da economia. Talvez,
seja por isso que Lula vinha insistindo para que Dilma fizesse do mesmo
Meirelles seu Ministro da Fazenda para acalmar “os mercados”.
Demorou, mas Lula acabou por ser
ouvido.
Ao deixar o governo, Dilma manteve
apenas dois ministros. O primeiro era o presidente do Banco Central. É justo.
Afinal, ele ocupa o cargo mais importante da “República”. O de garantidor do pagamento
da enorme e imoral dívida pública, que já subtrai diariamente mais de R$ 1,5
bilhão do orçamento público só em juros.
O outro integrante remanescente do
alto escalão petista era o ministro do Esporte, devido aos Jogos Olímpicos. É
justo, também. Afinal, os bilhões gastos com o megaevento ajudarão a engrossar
a dívida pública. E já conta até com a absurda legislação especial deixada pelo
PT.
Voltando a Meirelles, seu ministério agora
também cuida da Previdência. Quem sabe, assim, a Reforma da Previdência que Dilma
tanto prometeu aos “mercados” seja aprovada. E o dinheiro dos trabalhadores
pode ser canalizado diretamente para o pagamento da... dívida pública. De uma
gaveta à outra, sem intermediários.
No ministério da Justiça, Alexandre
Moraes, ex-secretário de Segurança do governo paulista. Em seu currículo, o
espancamento de alunos que ocuparam escolas em São Paulo, entre outras violências.
Portanto, mais do que qualificado para garantir que a lei antiterrorismo
aprovada pelo governo Dilma seja plenamente utilizada.
Ou seja, o momento é traumático
exatamente porque não houve rupturas.
Leia também: A pior das
ressacas
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