Se no mundo são oito os bilionários com patrimônio
equivalente ao da metade mais pobre da população mundial, no
Brasil meia-dúzia possui riqueza equivalente
às sacrificadas economias de metade dos brasileiros. É mais um dado do
relatório recém-divulgado pela Oxfam.
A ONG britânica se baseou em informações sobre bilionários da
revista "Forbes" e sobre riqueza no mundo do banco Credit Suisse.
As seis pessoas mais ricas do Brasil são:
- Jorge Paulo Lemann, Marcel Herrmann Telles e Carlos
Alberto Sicupira, todos sócios da Ambev (Skol, Brahma e Antarctica) e de marcas
como Budweiser, Burger King e Heinz;
- Joseph Safra,
dono do banco Safra;
- Eduardo Saverin, cofundador do Facebook;
- João Roberto Marinho, herdeiro do grupo Globo.
Detalhe: Na sexta posição, João Roberto Marinho aparece
empatado com seus dois irmãos, José Roberto e Roberto Irineu, cada um com R$
13,92 bilhões. Se fosse considerado o patrimônio dos três juntos, a
desigualdade seria ainda maior, garante a Oxfam.
Para arrematar, uma informação vinda de outra fonte. Os dados
estão em relatórios do Banco Central e constam da reportagem “Quatro bancos
concentram 72,4% dos ativos das instituições financeiras”, de Murilo Rodrigues
Alves e Fernando Nakagawa, publicada no Estadão, em 16/01.
Os quatro tubarões são Banco do Brasil, Itaú, Caixa
Econômica Federal e Bradesco. Será que é por isso que temos os serviços
bancários mais caros e as taxas de juros mais altas do mundo? Provavelmente.
Por sorte, o Banco Central está de olho nessa bagunça aí.
Segundo a reportagem, “a instituição reconhece que há ‘algum nível’ de
concentração no sistema bancário brasileiro”. Ah, bom!
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