Em 27/01, Antonio Luiz M. C. Costa publicou na Carta
Capital artigo mostrando como “o consenso neoliberal” anda “de pernas para o
ar”. Um trecho:
Com o Reino Unido, o mais tradicional
arauto do livre-comércio, entregue ao nacionalismo, os Estados Unidos às
vésperas de empossar um presidente em confronto aberto com as organizações
multilaterais e a União Europeia em risco de desintegração, sobrou Xi Jinping,
herdeiro da revolução maoísta e líder do maior partido comunista do planeta,
para abrir os trabalhos e salvar a globalização da orfandade.
Xi prometeu manter suas fronteiras
abertas, defendeu o Acordo de Paris contra a mudança climática e deu lições de
liberalismo contra a guerra comercial: “O protecionismo é como se trancar em um
quarto escuro: vento e chuva ficam do lado de fora, mas também a luz e o ar.
Cortar os fluxos de capital, produtos e pessoas entre economias e canalizar as
águas do oceano para baías e lagos isolados é impossível”.
Diante dessa confusão toda, como fica a política externa
do governo golpista? Segundo seu formulador, José Serra, é hora de abandonar
alinhamentos sem “conotação ideológica”. Com destaque para a “reaproximação”
com os Estados Unidos.
Mas o que fez Temer no dia de sua posse? Viajou para a
China, alvo principal dos ataques de ninguém mais que Donald Trump. Ou seja, a
política externa de Serra bateu de frente com a de seu parceiro comercial
prioritário “não ideológico”.
Felizmente, em relação a suas políticas internas, os dois
países têm em comum algo muito importante. Ambos são governados por presidentes
escolhidos por sistemas políticos sem legitimidade popular.
Leia também: A inegável autoridade do presidente do País
Sergio, não sei se foi proposital, mas a foto que colocou do Trump está igual ao Coringa. Coitado, não merecia esta semelhança. Abraço.
ResponderExcluirBom, a foto é do Temer, que deveria estar parecendo com o Trump. Mas se a mistura dos dois ficou parecendo o Coringa, pior pro Coringa...
ExcluirBração
Ri muito do "pior pro Coringa". Abraço
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