Abaixo, algumas das mulheres comunistas estadunidenses citadas por Angela
Davis em seu livro "Mulheres, raça e classe".
LUCY PARSONS era mulher de um dos líderes sindicais injustamente
condenados à morte em Chicago, em 1886. Mas sua luta começou quase uma década
antes e continuou por mais cinquenta anos. Importante organizadora da União de
Mulheres Trabalhadoras de Chicago, para ela sexo e raça eram “manipulados pelos
patrões para justificar a superexploração de mulheres e negros”.
ELLA REEVE BLOOR era uma notável militante na luta pelos direitos para
mulheres e negros e pelo socialismo. Conhecida como "Mãe" Bloor, viajava
de carona pelos Estados Unidos, ajudando a organizar incontáveis greves. Comunista
e branca, era uma aliada do movimento de libertação negra.
ANITA WHITNEY nasceu em uma família rica de San Francisco. Apoiava
firmemente as causas antirracistas. Em novembro de 1919, fez o discurso "O
problema dos negros nos Estados Unidos”, em que denunciava os frequentes
linchamentos de negros naquele país. No final, foi detida pela polícia sob a
acusação de praticar “sindicalismo criminoso”.
ELIZABETH GURLEY FLYNN ajudou a tornar o sindicato “Industrial Workers
of the World”, a primeira organização nos Estados Unidos a admitir absoluta
igualdade entre seus membros negros e brancos. Segundo ela:
Cada
desigualdade e incapacidade infligidas às mulheres brancas americanas é
agravada mil vezes entre as mulheres negras, que são exploradas três vezes:
como negras, como trabalhadoras e como mulheres.
CLAUDIA JONES, militante sindical, gostava de lembrar a seus
companheiros brancos que "muitos progressistas, e mesmo alguns comunistas,
também são culpados por explorar trabalhadoras domésticas negras".
Como elas, houve muitas outras. Enquanto houver injustiça, sempre
haverá.
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