Dizem que a Operação Carne Fraca está servindo de cortina
de fumaça para aprovar a Reforma da Previdência. Pode ser. Mas não é só isso.
Todo mundo sabe que a JBS é uma das maiores envolvidas
nas denúncias dessa operação da Polícia Federal. E que as marcas Swift, Friboi
e Seara, ligadas à empresa, estão sob suspeita.
O que quase ninguém lembra é que a mesma JBS também
aparece na Operação Greenfield, anunciada em setembro de ano passado.
E sobre o que era essa outra operação? Sobre carne? Não. Previdência.
Mais especificamente, previdência privada.
A Operação Greenfield investiga fraudes bilionárias
contra os maiores fundos de pensão de funcionários de estatais: Funcef (Caixa),
Petros (Petrobras) e Previ (Banco do Brasil) e Postalis (Correio).
Na época, a grande imprensa fez questão de denunciar os
gestores desses fundos, já que muitos deles tinham fortes ligações com os
governos petistas. Mas, depois, as notícias sumiram.
Em 8 de março, a Operação Greenfield entrou em sua
segunda fase. Ninguém deu muita atenção. E quando estourou o escândalo da carne
adulterada, aí é que a coisa sumiu, mesmo.
Mas o fato é que os tais fundos fraudados são privados.
Exatamente o tipo de negócio a que o governo Temer está tentando entregar a aposentadoria
dos trabalhadores com sua “reforma”.
Além disso, a JBS, da Friboi, deve R$ 1,8 bilhão à
Previdência. É a segunda maior devedora, atrás da Varig, que faliu em 2006 e deve
R$ 3,713 bilhões.
Ou seja, o agronegócio ataca de todos os lados. Ataca nossas
mesas, nossa saúde, nossos bolsos e está louco para roubar nosso futuro, também.
Leia também:
O Caixa 2 de olho no
Caixa 1 da Previdência
Nenhum comentário:
Postar um comentário