O termo “Homem de Davos” foi cunhado, em 2004, pelo cientista político Samuel Huntington. Ele o usou para descrever aqueles “tão enriquecidos pela globalização e tão nativos de seu funcionamento que podem ser considerados apátridas”. Seus interesses e riquezas fluindo através das fronteiras, suas propriedades e iates espalhados por todos os continentes, seu arsenal de lobistas e contadores eliminando a lealdade a qualquer nação em particular. Huntington referia-se a qualquer pessoa que viajava regularmente a Davos para participar do Fórum Econômico Mundial, validando sua posição entre os vencedores da vida moderna. São homens bilionários predominantemente brancos que exercem imensa influência sobre o mundo político.
A descrição acima está no livro “Davos Man: How the Billionaires Devoured the World”, de Peter S. Goodman, ainda sem tradução do inglês. Minha missão, diz ele, é ajudar os leitores a entender essa criatura rara e notável. Um predador que ataca sem restrições, sempre com a intenção de expandir seu território e apoderar-se do alimento dos outros, enquanto se protege de represálias posando como um amigo simbiótico de todos.
Goodman está longe de ser anticapitalista. Ao contrário, para ele, o capitalismo “foi sequestrado” pelo Homem de Davos e precisa voltar a ser o tipo de capitalismo “justo e inovador que conhecíamos antes”.
Mas na condição de jornalista que participou de vários encontros em Davos, traz informações interessantes sobre essas criaturas que para além de raras, são repulsivas e parasitárias. Basta citar alguns nomes para entender de que se trata: Bill Gates, Elon Musk, Mark Zuckerberg, George Soros e Jeff Bezos.
Continua nas próximas pílulas.
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