A guerra entre a Rússia e a Ucrânia já se arrasta por mais de três meses. Abaixo um pequeno resumo de um recente artigo de Chen Wenling, economista da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, do governo chinês.
Os Estados Unidos iniciaram o conflito russo-ucraniano para "matar três coelhos com uma cajadada só": usar a Ucrânia como peão para provocar o conflito, fortalecendo, assim, uma OTAN controlada por eles; romper os laços entre a Europa e Rússia, para acelerar o fluxo do dólar estadunidense e, por fim, fornecer contratos lucrativos para os cerca de 4 mil grupos de lobby do complexo militar-industrial dos EUA.
Em 2020, 37,4 trilhões de metros cúbicos de gás natural da Rússia foram exportados para a Europa. Com o conflito, as empresas de gás natural estadunidenses podem assumir esse lucrativo mercado.
Os EUA arrastaram a União Europeia para a guerra impactando gravemente seu crescimento econômico. Além disso, há um alto risco de que o euro seja desvalorizado devido à guerra.
Os Estados Unidos declararam a China seu maior concorrente estratégico. Mas não estão prontos para uma guerra "quente", já que sua economia e a chinesa estão intimamente ligadas. Além disso, os estadunidenses ainda não fizeram progressos substanciais no fortalecimento de sua cadeia de suprimentos, principalmente na produção de semicondutores. Taiwan pode ajudá-los, mas esse plano ainda não foi concretizado.
Ela admite que o conflito russo-ucraniano pode afetar a China em vários aspectos, mas acredita que o impacto geral sobre a economia chinesa não será significativo.
Resta saber a que ponto chegará o massacre de coelhos nessa troca de cajadadas.
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