Em 16/09, Felipe Moreno
publicou “Cada vez mais comuns, robôs passam a ser usados para impulsionar
fundos” no site InfoMoney. A matéria refere-se a máquinas programadas para
comprar e vender no mercado financeiro.
Diante da rapidez dos investimentos
especulativos, robôs seriam capazes de tomar as decisões certas na velocidade
necessária. Mas o risco é grande. A matéria diz que “muitos investidores têm
medo desse tipo de operação e, por isso, os fundos que utilizam essa estratégia
não dizem que o estão fazendo”.
Enquanto isso, reportagem do
“Globo Rural” de 08/09 mostrou uma fazenda paranaense cuja produção de leite é
toda robotizada. Um computador “acende as luzes, aciona os ventiladores, ordena
a limpeza do piso maneja a ordenhadeira, e canaliza o leite diretamente para o
tanque de resfriamento”.
As vacas são ordenhadas e
higienizadas por braços mecânicos. O proprietário mora a 12 quilômetros da
fazenda e acompanha tudo por internete. A maior economia vem da quase
inexistente utilização de força de trabalho humana.
No primeiro caso, estamos
falando de operações que deveriam exigir o máximo da capacidade de raciocínio
humana. No segundo, parecia impossível substituir a habilidade manual na manipulação de mamas
bovinas.
Um exemplo revela o
quanto há de aleatório e irresponsável na manipulação das tetas do capital. O
outro mostra até onde vai a eliminação do trabalho vivo. Em comum, a
supremacia absoluta dos interesses dos grandes proprietários.
Bancos, empresas, grandes
varejistas, fazendas. Tudo se integra no que Lênin chamou de capital
financeiro. Já os que vivem do próprio trabalho levam cada vez mais o que Zé
Ramalho chamou de vida de gado.
Leia também: Os
vigaristas programados da grande mídia
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