Doses maiores

30 de setembro de 2013

Aquecimento global: elites, abaixo de zero

Em 27/09, a imprensa mundial divulgou um alerta do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas das Nações Unidas: a influência humana é decisiva nas desastrosas alterações climáticas recentes.

Pouco antes do anúncio, um estudo teria mostrado que houve uma desaceleração do aquecimento global entre 1998 e 2012. Mas a hipótese foi rejeitada pelo texto.

O IPCC confirma a interrupção nos aumento dos níveis de calor, mas isso não invalidaria as tendências já verificadas. “A temperatura da superfície da Terra em cada uma das últimas três décadas foi sucessivamente mais quente do que qualquer década anterior desde 1850, no hemisfério Norte”, afirma o relatório.

A polêmica sobre a origem humana dos problemas climáticos já deveria estar superada. Não está porque interessa às principais potências manter os elevados lucros da indústria suja. Há quem ache que também existam interesses econômicos por trás da tese do aquecimento global.

É provável. Mas muitos outros indicadores mostram que nosso atual modo de vida é insustentável. Somos a única espécie capaz de transformar o meio. Espalhamos nossas formas de produção por praticamente todo o planeta. Portanto, quando agimos, geramos consequências em larga escala.

Em 2000, o Instituto Mundial de Pesquisa Econômica do Desenvolvimento, da Universidade da ONU, divulgou pesquisa revelando que os 2% mais ricos da população mundial detinham mais de 50% da riqueza do planeta.

Desse modo, grande parte dos desastres que nossa espécie provoca favorece apenas a esta minoria. Elite minúscula que acredita ser superior ao restante de nós. Seu apego aos lucros e ao poder demonstra que representam o exato oposto disso. São subgraduados em humanidade.

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