Robert Fisk é o mais respeitado
correspondente estrangeiro britânico. Há 30 anos, cobre conflitos no Líbano, Afeganistão,
Irã, Iraque, Líbano, Argélia e Balcãs. É um defensor da causa palestina e do
diálogo entre os países árabes.
Com conhecimento de causa, denuncia
incansavelmente as ações imperialistas nesses conflitos. Em 29/08 publicou um
artigo cujo título diz: “Obama sabe que se aliou à Al Qaeda?”. No texto, ele
mostra como a entrada dos Estados Unidos na guerra da Síria significaria lutar
ao lado da organização que os americanos consideram sua maior inimiga:
Os homens que destruíram milhares, em 11/9, estarão
lutando ombro a ombro com a mesma nação cujos inocentes eles mataram há quase
exatamente 12 anos. Que grande feito para o currículo de Obama, Cameron,
Hollande e o resto desses senhores de araque da guerra!
Em texto de 03/09, Fisk afirma “O
verdadeiro alvo do Ocidente é o Irã, e não a Síria”. O jornalista é certeiro:
O Irã está profundamente envolvido na proteção ao
governo sírio. Além disso, uma vitória de Bashar representa uma vitória do Irã.
E vitórias do Irã não podem ser toleradas pelo Ocidente.
Fisk faz uma pergunta importante: “Mas
espere um pouco. O Iraque – quando era aliado ‘nosso’ contra o Irã – também
usou armas químicas contra o exército iraniano? Usou”. Mas, diz ele, “nós não
demos a mínima bola para isso”.
O resumo disso tudo é o seguinte. Primeiro,
as ações militares dos imperialistas no mundo nada têm a ver com humanitarismo.
São motivadas por razões puramente econômicas e políticas. Segundo, não deixe
de ler Robert Fisk.
Leia também: Os
melhores filhos e filhas do povo estadunidense
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