Nos últimos dias, o Valor publicou vários
artigos sobre a situação da economia mundial. Nenhum deles muito animador. O
mais abrangente é “Marcas de uma crise global”, de Sergio Lamucci, lembrando os
cinco anos da quebra do banco Lehman Brothers, ocorrida em setembro de 2008.
Meia década depois, o desemprego segue elevado
nos Estados Unidos: são 2 milhões de postos de trabalho a menos do que no
começo de 2008. E ainda é preciso criar “entre 7 milhões e 7,5 milhões de vagas
para o país voltar ao pleno emprego”.
Ao mesmo tempo, diz Lamucci, “o poder de
Wall Street, se não é tão forte como antes do colapso do Lehman, permanece
grande o suficiente para impedir a aprovação e aplicação de leis mais
rigorosas” contra a especulação financeira.
Mas não é só lá. O artigo “Europa busca o
renascimento”, de Assis Moreira diz que o setor bancário europeu equivale a
três vezes e meia o PIB da região. No Japão e Canadá, representa duas vezes o
tamanho das respectivas economias.
No artigo “FMI faz meia-volta e rebaixa
perspectiva dos emergentes”, Chris Giles diz:
O FMI prevê que o crescimento mundial seguirá fraco,
com os efeitos da recuperação nos Estados Unidos, Europa e Japão sendo
neutralizados pela significativa deterioração das perspectivas de muitas
economias emergentes.
Por fim, em “O fim da festa nos
emergentes”, Ricardo Hausmann avisa que a mesma dinâmica que fez a farra dos PIB
gordos de emergentes como Brasil, China, Índia e Rússia “vai operar no sentido
oposto”.
Ou seja, a festa nem foi tão boa, mas a ressaca
deve ser das bravas.
Leia também: A
crise e o encontro internacional do medo
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