Alguns dados para saber como andam as
finanças públicas cariocas, enquanto esperamos as Olímpiadas. São informações divulgadas
por Luiz Alfredo Salomão e Antonio Carlos Barbosa em artigo publicado no Globo,
em 22/06.
Primeiramente, o artigo diz que o
déficit das contas municipais previsto para 2016 deve dobrar em relação ao de
2015. Por que? Devido às diversas Parcerias-Público-Privadas “celebradas com as
empreiteiras, que cartelizaram as grandes obras públicas na cidade”, dizem os
autores.
Nas obras do Porto Maravilha, por
exemplo, dois consórcios estão envolvidos. Ambos controlados pelas empresas Odebrecht,
OAS e Carioca.
O consórcio para construção do VLT é
controlado por Odebrecht, OAS/Invepar, CCR e RioPar. Sendo que a CCR é da
Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez e da Soares Penido. Outro detalhe: a RioPar é
controlada pela Fetranspor (empresas de ônibus).
O Parque Olímpico foi construído pela
Parque Rio e vai ser operado depois dos Jogos pela Rio Mais. Ambas controladas
por Odebrecht, Andrade Gutierrez e Carvalho Hosken.
Os BRTs TransOeste, TransCarioca,
TransOlímpica e TransBrasil vão custar mais de R$ 5 bilhões, cujas fatias serão
distribuídas entre Odebrecht, OAS, Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Queiroz
Galvão e Carioca. As empresas de ônibus, organizadas em consórcios, administram
as estações e operam os serviços.
Finalmente, a construção de 136
Escolas do Amanhã, pela bagatela de R$ 1,2 bilhão, foi distribuída por
Odebrecht, OAS, Carioca Engenharia e Construtora Zadar.
Dadas as informações, lembremos,
finalmente, que quase todas essas empresas estão tão sujas que nenhum lava-jato
daria jeito.
Mas sempre podemos fazer bom uso de
alguns baldes para, pelo menos, garantir que a tocha olímpica fique bem limpinha.
É, pelo menos temos que salvar algo.
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