Primeiramente, Fora Temer!
Em 13/06, Laura Carvalho publicou na
Folha “A plutocracia não cabe no Orçamento”, mostrando as consequências da
proposta de “Temer-Meirelles”, que prevê o reajuste das despesas do governo
federal pela inflação do ano anterior:
Se vigorasse
no ano passado, e outros gastos não sofressem redução real, as despesas com
saúde teriam sido reduzidas em 32% e os gastos com educação em 70% em 2015.
Pior. Se o PIB brasileiro crescer nos próximos 20 anos no ritmo dos anos 1980 e
1990, passaríamos de um percentual de gastos públicos em relação ao PIB da
ordem de 40% para 25%, patamar semelhante ao verificado em Burkina Faso ou no
Afeganistão. E se crescêssemos às taxas mais altas que vigoraram nos anos 2000,
o percentual seria ainda menor, da ordem de 19%, o que nos aproximaria de
países como o Camboja e Camarões.
Ainda segundo Laura:
... as
propostas do governo interino não incluem nenhum imposto a mais para os mais
ricos, mas preveem muitos direitos a menos para os demais. Os magistrados
conseguem reajuste de seus supersalários, mas a aposentadoria para os
trabalhadores rurais é tratada como rombo (...). O pagamento de juros
escorchantes sobre a dívida pública não é sequer discutido, mas as despesas com
os sistemas de saúde e educação são tratadas como responsáveis pela falta de
margem de manobra para a política fiscal.
Este violento ajuste neoliberal mostra
que razões para combater o governo interino não faltam. Resta saber se expulsando Temer-Meirelles pela porta da frente, não voltam pelos fundos outras duplas semelhantes. Incluindo a velha parceria Lula-Meirelles.
Leia também: Um governo que ninguém
derruba
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