"Flutuar como uma borboleta. Picar
como uma abelha". Era assim que Muhammad Ali definia sua vitoriosa forma de
lutar boxe.
Nascido Cassius Clay em 1942, trocou
de nome para afirmar sua fé no islamismo e abandonar o nome de escravo, tal
como fez seu amigo e ídolo, Malcolm Littel, ou Malcolm X.
Ao recusar o alistamento para a
Guerra do Vietnã, Ali afirmou:
...o real inimigo
do meu povo está aqui. Eu não vou desonrar minha religião, meu povo ou a mim
mesmo ao me tornar uma ferramenta para escravizar aqueles que estão lutando por
sua própria justiça, liberdade, igualdade (...). Eles dizem que vou para a
cadeia. E daí? Nós estamos na cadeia por 400 anos.
Como punição, teve seu título de
campeão mundial cassado e ficou impedido de lutar por três anos.
Quando foi impedido de comer em uma
lanchonete por causa da cor de sua pele, Ali atirou no Rio Ohio a medalha de
ouro conquistada nas Olimpíadas de Roma, em 1960.
Em 1974, recuperou o título enfrentando
George Foreman, em lendária luta no Zaire. Ali era uma celebridade mundial, mas
misturou-se ao povo local, percorrendo principalmente seus bairros pobres.
Enquanto isso, Foreman, negro como ele, mantinha distância.
Durante o combate, o povo gritava “Ali,
boma ye” (“Ali, mata ele!”). Mas o alvo principal não era Foreman. Era a
ditadura que dominava o país e o racismo armado e sustentado pelo imperialismo
estadunidense, ferozmente combatido por Ali.
O grande peso-pesado levantou voo de
vez. Mas antes ensinou a borboleta a picar como a abelha enquanto voa rumo à
justiça e à liberdade.
Quantos esportistas black/preto que não tiveram ou tem a consciência e atitude do Muhammad Ali.
ResponderExcluirQue o diga Pelé.
ExcluirValeu o comentário.
Abraço