Vamos dar uma breve olhada no mundo da
política oficial em várias partes do planeta.
O Brexit jogou os dois principais
partidos britânicos em uma aguda crise. Conservadores e trabalhistas, velhos
rivais eleitorais, querem ver seus respectivos líderes pelas costas.
As eleições estadunidenses estão
polarizadas não apenas entre o republicano Donald Trump e a democrata Hillary
Clinton, mas entre Hillary e o também democrata, Bernie Sanders.
Alex
Tsipras foi eleito primeiro-ministro grego
para dar um basta à austeridade econômica imposta pela União Europeia (UE). Uma
vez empossado, passou a dizer amém à UE e adeus a sua militância.
Na Espanha, o Podemos buscou votos propagandeando
o “socialismo venezuelano”. No parlamento, tenta ser “responsável” como o PT
brasileiro. Não à toa, patina nos gabinetes e nas ruas.
Na Itália, o partido que mais cresce
é o Cinco Estrelas, que afirma não ser de direita ou de esquerda. Típica definição
de quem avança rumo à extrema-direita.
Os trabalhadores franceses estão em guerra
contra medidas propostas por uma ministra marroquina e integrante de um governo
“socialista”.
Aqui, a presidenta foi derrubada por
seu vice quando tentava aplicar o programa de governo da oposição. Mas os que a
derrubaram só querem acelerar a aplicação daquele mesmo programa.
Quase todas as forças políticas acima
disputam a melhor maneira de chegar ou se manter no poder sem mexer na essência
do modelo neoliberal.
Prometem uma vida melhor ou menos ruim
para seus eleitores, aprofundando as causas mesmas que pioram a vida deles.
A saída continua sendo política, mas a democracia institucional foi sequestrada pela ditadura econômica neoliberal.
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