Uma radiografia da captura corporativa
em alguns dos principais setores da economia brasileira: alimentos, com
destaque para o caso dos transgênicos; educação; finanças e juros; meio
ambiente; mídia; saúde; segurança; e setor imobiliário.
O trecho acima resume o conteúdo de “A privatização da
democracia – um catálogo da captura corporativa no Brasil”. Trata-se de uma
publicação do Vigência, “grupo de ativistas cujo foco de atuação é a denúncia
dos efeitos sociais do capitalismo extremo no Brasil”.
Os dados mostram que o atual escândalo é apenas uma parte
do sequestro dos recursos públicos nacionais pelo grande capital. Tanto do
local como do estrangeiro, se é que faz sentido separar os dois.
Mas um dos aspectos mais relevantes nessa “captura” é seu
quase perfeito ocultamento. E isso acontece graças a uma área sensível, controlada
estrategicamente pelo poder econômico. Estamos falando da mídia. Em especial,
da Globo. O catálogo revela, por exemplo, que em 2012:
...a receita líquida da Globo é, pelo
menos, três vezes maior do que a receita líquida somada dos grupos Abril, RBS,
O Estado de São Paulo e SBT. Já o seu lucro líquido é mais de 11 vezes maior do
que o lucro líquido dessas outras empresas reunidas.
Este poderio todo permite formar, deformar, omitir,
mentir em gigantesca escala. E sempre com a cumplicidade de seus “concorrentes
menores”.
É esta situação que cada vez mais faz da Lava-Jato um
daqueles novelões das oito com final manjado. Ou, como disse Janio de Freitas
em sua última coluna, nada mais do que o “estouro de um esgoto na mansão da
classe dominante”.
Acesse o catálogo, aqui
Caro Sérgio, tenho a impressão de que na periferia do capitalismo os Estados nacionais são mais permeáveis ao conluio com o grande capital, o que acha? Obrigado e abraço!
ResponderExcluirAlô, camarada Luis. Não saberia dizer. Provavelmente, sim por fatores históricos, mais do que econômicos, não acha?
ExcluirBração!