“Brasil ganha milionários, mas perde poupadores”. Com
este título, Ana Paula Ribeiro publicou reportagem no Globo, em 05/04.
O texto diz que o restrito grupo de pessoas que tem ao
menos R$ 1 milhão em investimentos no Brasil ganhou dois mil membros, em 2016.
Já as aplicações de 63,8 milhões de pessoas cujo principal investimento é a
poupança recuaram 4% em relação a 2015.
Aquele pequeno grupo milionário é formado por apenas 112
mil pessoas que, juntas, possuem R$ 756,3 bilhões. Enquanto isso, a grande
maioria que guarda economias com sacrifícios, tem R$ 854,7 bilhões. É só calcular
a média de aplicações de cada grupo para descobrir a enormidade da concentração
da riqueza nacional.
Em 10/04, Bruno Albernaz divulgou no portal G1: “Número
de moradores de rua com curso superior cresce 75% em 1 ano no RJ". A
reportagem cita recente estudo da Secretaria Municipal de Assistência Social e
Direitos Humanos.
Segundo o levantamento, de 2015 a 2016, o número de
moradores de rua com ensino superior completo aumentou de 40 para 70. Um crescimento
de 75%. No Centro, “muitos deles dormem por ali para ficar perto do trabalho,
sem gastar passagem ou aluguel”, relata Albernaz.
A matéria também afirma que a população sem-teto no município
carioca saltou de 5.580, em 2013, para quase 15 mil em 2016. Praticamente
triplicou em três anos.
O governo golpista é grande
responsável por este cenário desastroso. Mas também é fato que as políticas públicas
da era petista levaram a um ilusório e frágil alívio para os mais pobres. Deixaram
intacta uma das mais injustas ordens sociais do planeta.
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