Facebook, Google, Microsoft, Amazon e Apple. Todas essas poderosas
empresas compartilham uma visão de longo prazo: ser o sistema operacional de
nossas vidas.
Destas empresas,
o Facebook é o mais perigoso. É a mais influente empresa de mídia da história,
atingindo 2,2 bilhões de pessoas. Controla quatro das sete redes digitais mais
utilizadas: Facebook, Messenger, WhatsApp e Instagram.
O Facebook é o
exemplo perfeito da ideologia do Vale do Silício. Ninguém representa melhor o
sonho de um planeta totalmente conectado “compartilhando” palavras, ideias,
imagens e expectativas.
Nenhuma
empresa aproveitou melhor tudo isso para obter riqueza e influência. Nenhuma
empresa contribuiu mais para o colapso dos princípios básicos da tomada democrática
de decisões.
Primeiro, porque
informações falsas ou enganosas se espalham facilmente pelo Facebook. Segundo, porque
posições e opiniões sóbrias e moderadas não têm chance nele. Por fim, há o fenômeno
da “bolha”, que restringe radicalmente as experiências de diversidade e convívio
com o diferente.
O Facebook é
ótimo para motivar, mas terrível para deliberar. Sua estrutura de postagem e
comentários resiste à consideração ampla e calma. Os participantes são
encorajados a responder de forma precipitada. Por isso, respondem
frequentemente de forma rude.
Basicamente,
há duas coisas erradas no Facebook: o modo como funciona e a forma como as
pessoas o utilizam.
As
conclusões acima estão no livro “Mídia antissocial: como
o Facebook nos desconecta e enfraquece a democracia”, de Siva Vaidhyanathan, pesquisador
da Universidade da Virgínia. Publicado em 2018, ainda não tem edição em português.
Voltaremos a destacar trechos desse interessante
estudo sobre o mais poderoso dos sistemas que estão operacionalizando nossas
vidas contra nossos interesses.
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