Na
campanha eleitoral, Bolsonaro afirmou que seu governo pretendia voltar ao Brasil
de 50 anos atrás. Realmente, as recém-divulgadas propostas de Sérgio Moro para
a segurança pública lembram o regime governado pelo AI-5.
A
Reforma da Previdência pretendida por Paulo Guedes também remete a meio século atrás.
Seu modelo previdenciário é o da ditadura Pinochet, que levou à miséria a grande
maioria dos aposentadores chilenos.
Mas
há propostas do governo que pretendem atrasar o País uns 80 anos, pelo menos. É
o caso da Carteira de Trabalho verde e amarela. Quem optasse por ela, poderia abrir mão de seus direitos trabalhistas.
Voltaríamos
aos tempos anteriores ao getulismo. Com direito a tratar as lutas sociais na
base das patas de cavalos. Retornaríamos às “políticas públicas” dos tempos da
República Velha.
Diante
disso tudo, há os que enxergam com esperança algumas divergências surgidas no
interior do governo. As mais importantes delas manifestadas pelo vice-presidente.
Mourão,
no entanto, é outro saudosista. Não só dos tempos da barbárie do início do
século 20, mas do poder fardado e absoluto. Vem bancando uma espécie de “tira
bom” diante de Paulo Guedes, o “tira mau”. No meio deles, um presidente “Débi”
com vários candidatos a “Lóide”.
Precisamos
parar de buscar soluções em conflitos palacianos ou nas contradições das cúpulas
parlamentares.
Elas
podem e devem ser exploradas pela esquerda. Mas jamais ao custo de continuar a
colaborar para a apatia em que se encontram alguns setores importantes das
forças populares. Especialmente, o movimento sindical.
Ou
rompemos com essa paralisia ou acabaremos nos acostumando a ficar sob patas de cavalos.
Isso, exatamente isso que venho vendo e arrepiado. É escolhermos o mal menor. E entre este presidente e o vice, é mais difícil do que foi colocado na época escolher entre Tancredo X Maluf (lembra?). Muito mais.
ResponderExcluirFica melhor para o debate quando a opinião vem direta, como quis te falar. Eu sinto, lógico que tenho dúvidas..rsss.
Mais difícil e muito pior! Tamu fu!
ExcluirAlgo que tenho observado é haver, se não estou enganada, um quê de flerte de uma parte da esquerda (e dos eleitores de Bolsonaro que agora percebem o peso da escolha) com Mourão, graças às declarações palatáveis.
ResponderExcluirSe tal flerte é verdade, já alerto ser uma atração perigosa - e já tenho alertado vários no próprio facebook, que ao lado do WhatsApp foi uma ferramenta poderosa para definir a eleição "equina" de Bolsonaro.
Enquanto isso, esperamos dias bem sombrios... feliz passado novo.
Abraços!
Pois é, como dizia ao Millôr, o Brasil tem um grande passado pela frente.
ExcluirAbraço