“Tratamos Bolsonaro
como se ele ainda fosse um candidato azarão e não o presidente do país”, diz
Marcos Nobre em mais um de seus bons artigos para a revista Piauí.
“O efeito dessa
preguiça política generalizada, afirma, é favorável a Bolsonaro em pelo menos
três sentidos”:
Entra
no ritmo eleitoral em que ele se sente confortável. Acredita no show de um
presidente acuado, nas cordas, sem margem de ação. E, paradoxalmente, trata seu
governo como se fosse um governo normal. A prova mais cabal dessa normalidade é
que todas as forças políticas continuam a fazer cálculos meramente eleitorais,
sem levar em conta que é a própria democracia que está em risco.
Mais à frente,
adverte:
No
mundo todo, movimentos antidemocráticos destroem a democracia pela via eleitoral.
Para isso, reduzem a democracia à realização de eleições, justamente. Insistem
que a democracia não depende de instituições democráticas e de uma cultura
política democrática para existir, precisa apenas de eleições e de consultas
populares.
O articulista estaria
corretíssimo se não considerasse um possível “encontro entre Lula e Rodrigo
Maia” um “sinal alentador”. Ou se não aprovasse proposta da direção do PT, no
sentido de “buscar alianças mais amplas, até com personalidade e setores de
centro, em prol do Estado de Direito.”
Afinal, onde estavam
Rodrigo Maia, o Centrão que ele representa, e outros pretensos defensores do “Estado
de Direito” nos últimos meses? Aprovando o Teto dos Gastos Públicos, as reformas
Trabalhista e Previdenciária e outras medidas profundamente antidemocráticas.
Definitivamente,
Marcos Nobre não sofre da doença da preguiça política. Seu mal é olhar para
cima, não para baixo.
Perfeito, camarada. Isso serve para refletirmos sobre a equivocada força lançada sobre os processos eleitorais em detrimento da organização das bases para lutar contra os ataques citados. Socialismo contra a barbárie!!
ResponderExcluirExatamente, camarada!
ExcluirAbraço!