A CUT voltou a falar em
fim do fim do imposto sindical. Em 2005, uma proposta de Emenda à Constituição previa
o fim dessa cobrança. A CUT sempre lutou por sua extinção. Mas na época
concordou com a criação de um “imposto negocial”. Nada mais que sua continuação disfarçada
de contribuição. O assunto acabou morrendo. O imposto sindical, não. Continua firme
e forte como os burocratas sustentados por ele.
Agora, um de principais
eixos do 1º de Maio da CUT retomou a bandeira histórica. O que teria mudado? Em
entrevista à página IHU On line, o economista José Dari Krein dá uma pista.
Segundo ele:
A CUT foi a Central que mais perdeu
espaço na sociedade brasileira. Na pesquisa sindical, o número de sindicatos
filiados chegava a 40%. Destes, 2/3 eram filiados à CUT. Atualmente, pelo
cadastro do Ministério do Trabalho, as entidades filiadas a uma central chega a
73% e a participação da CUT caiu para menos de 40%.
O fato é que o fim do
imposto tinha tudo a ver com a proposta inicial da CUT. Uma central de luta, cujos
sindicatos deveriam ser mantidos pela contribuição voluntária de seus
representados. Esse caráter foi se perdendo à medida que a central domesticava
sua prática. Quando o governo petista foi eleito, a CUT amansou de
vez.
O problema é que os
burocratas das outras centrais são mais eficientes que seus colegas cutistas.
Por isso, estão criando entidades sindicais de carimbo aos montes. Arrecadando
milhões diretamente dos bolsos dos trabalhadores. Deixaram a CUT para trás.
Nos anos 90, surgiu o
“sindicalismo de resultados”. Uma proposta patrocinada pelos patrões e
defendida pela Força Sindical. Ninguém mais fala nisso, hoje em dia. Não porque
tenha morrido. Na verdade, esse novo tipo de peleguismo domina o sindicalismo,
com raras e combativas exceções. Infelizmente, a CUT não está entre elas.
Leia também: Exageros de pelegos preocupam patrões
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