O documento traz uma aferição do
risco de perturbação social em 106 países. Compara a conjuntura de 2010 com a
de 2011. E conclui que a falta de emprego, potencializada pelo que chama de
“armadilha da austeridade”, elevou os riscos em 57 nações.
O documento também diz
que, “as relações trabalhistas devem ser combinadas com medidas de proteção
social”. Política que teria sido aplicada com êxito no Brasil e países como
Índia, China e África do Sul. São os “emergentes” servindo de exemplo para o
mundo. A pergunta que grita é “exemplo de quê?”. Talvez, de péssima
distribuição de renda. Pelo menos, em nosso caso.
Os dados do último
censo do IBGE foram divulgados em 27/04. Alguns deles dizem que mais de 70% dos
trabalhadores brasileiros têm carteira assinada. Recorde histórico. Menos mal.
Mas continua mal. Outros números mostram que cerca de 72% desse total ganham
até 2 salários mínimos. E somente 9% recebem acima de R$ 3 mil ou 5 salários
mínimos.
E estamos falando
apenas de distribuição de renda salarial. Não entram nessa conta os dados
relativos a propriedades e meios de produção. Em 2009, foi lançado o livro “Proprietários:
Concentração e Continuidade”, produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea). Seu principal dado: Apenas 6% dos brasileiros controlam todos
os meios de produção de riqueza do país.
Já sabemos que tipo de
exemplo a economia brasileira dá.
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